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Convivendo com o depressivo

Conviver com o depressivo
Tenho alguém na família com sintomas típicos de depressão, porém não aceita ajuda. Como agir quando isso acontece?

Conviver com o depressivo

O termo depressão é usado para abranger uma série de sintomas que nem sempre, do ponto de vista psíquico, são a mesma coisa e nem sempre são de fato indício de depressão. |Neste caso portanto a atitude adequada seria buscar ajuda profissional qualificada.

O problema é que uma das características da depressão é fazer com que a pessoa se sinta paralisada, sem forças para tomar qualquer decisão ou dar passos em direção a qualquer objetivo. A tendência dominante é a paralisia psíquica que inibe qualquer tipo de desejo, inclusive aquele de se curar.

Quando o suposto doente é alguém próximo, “exigir” que ele busque ajuda médica ou psicológica geralmente é contraproducente. A tendência será fazer com que ele mergulhe ainda mais na tristeza, na raiva e na sensação de impotência. O caminho é ajudá-lo a tomar consciência da sua situação para que ele perceba e aceite que precisa de ajuda ao entrar em contato com a dor que esse estado lhe causa e com os prejuízos que provoca em sua vida.

Nos estados de depressão o que prevalece é a sensação interna de opressão diante das “demandas” do mundo externo e uma sensação de total impotência diante das exigências que ele apresenta. Qualquer intervenção que reforce esse estado psíquico em vez de ajudar será aversiva.

Ao mesmo tempo, uma vez que o trabalho de convencimento consiga abrir uma brecha na estrutura defensiva da doença, fazendo com que o depressivo mostre algum interesse em se curar, um leve empurrão (por exemplo, marcar uma consulta com um profissional) poderá ajudar a vencer a sensação de paralisia que o oprime.

Fica portanto claro que a ajuda que pode ser oferecida nesses casos não é facilmente identificada por quem quer ajudar, ficando a meio caminho entre a empatia pelo sofrimento do depressivo e a “irritação” diante de sua impotência de tomar qualquer medida que o ajude. É com esses sentimentos que quem quer ajudar terá que aprender a lidar, induzindo a capacidade de sonhar totalmente atrofiada do depressivo.

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